Vivendi: Receita da GVT cai 5% no quarto trimestre
O balanço do quarto trimestre de 2013 do grupo francês Vivendi, apresentado nesta terça-feira, mostra que o câmbio foi vilão durante o período. Especialmente para a GVT, controlada que opera no Brasil: a queda do real causou diminuição de 5,1% na receita líquida da operadora de telefonia no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para 412 milhões de euros. Não fosse o enfraquecimento da moeda brasileira, a receita teria crescido 9,4% no intervalo.
O salto nos custos e despesas fizeram com que o resultado final da GVT piorasse ainda mais no trimestre. A queda no lucro ajustado (que exclui amortizações e baixas contábeis) foi de 27,2% nos três meses, para 412 milhões de euros.
A GVT ajudou a derrubar a receita total da Vivendi entre outubro e dezembro, mas não foi a principal responsável. A gravadora Universal teve vendas 9,3% menores, para 1,49 bilhão de euros, e a operadora de telefonia SFR perdeu 7,1% em receitas, fechando em 2,58 bilhões de euros. O faturamento do francês Canal+, por sua vez, subiu 6,4%, chegando a 1,45 bilhão de euros.
No acumulado de 2013, a GVT teve receita de 1,71 bilhão de euros, leve queda de 0,4%. Sem o efeito cambial, haveria expansão de 13,1%. O lucro ajustado ficou em 405 milhões, recuo de 17%.
“Essa redução no resultado foi causada pelas maiores despesas com depreciação, por conta do desenvolvimento da TV paga e por um contínuo alto nível de investimentos que vem sustentando o crescimento [da companhia]”, explicou a Vivendi.
A cobertura da GVT aumentou em 2013. A empresa agora atende a 150 cidades, contra 139 localidades em 2012. Além disso, o número de usuários atendidos subiu 58,4%, para 643 mil ao fim do ano passado.
SFR
No relatório da administração que acompanha seu balanço do quarto trimestre, a Vivendi informou que “explora ativamente todas as potenciais oportunidades” em relação à SFR, operadora de telefonia móvel francesa.
De acordo com o texto, o período entre outubro e dezembro do ano passado trouxe a melhor performance financeira da SFR em dois anos no mercado pós-pago ? que é o mais rentável do setor.
O mercado especula há meses que, em meio ao processo de reorganização operacional da SFR, o grupo francês pretenda vender a operação e se concentrar nas atividades de mídia. Os recursos dessa alienação, inclusive, poderiam servir para financiar uma eventual fusão entre a GVT, controlada brasileira, e a TIM Brasil, da Telecom Italia, segundo as especulações.
A Vivendi confirmou ontem que a também francesa Altice a teria abordado sobre a possibilidade da fusão entre a SFR e a Numericable, área de TV a cabo da holding. No entanto, garantiu que nenhuma oferta havia sido realizada para que a transação fosse analisada.
De acordo com a Vivendi, o acordo de compartilhamento de rede assinado com a Bouygues Telecom ajudou na melhora do desempenho da SFR. Além disso, custos foram cortados internamente, o que impediu uma queda maior no resultado. O lucro ajustado da operadora em 2013 foi de 1,07 bilhão de euros, recuo de 23,1%.
Fonte: UOL
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