Justiça do Rio autoriza recuperação judicial do Vasco: clube e SAF
Em decisão tomada às 15h33 desta quarta-feira (26/2), a juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, acatou o pedido de recuperação judicial do Vasco enquanto clube associativo (Clube de Regatas Vasco da Gama, CRVG) e também da SAF, a sociedade anônima do futebol. Tanto o CRVG quanto o Vasco SAF terão que apresentar o plano de recuperação judicial dentro de 60 dias corridos.
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Apresentado nesta terça-feira (25/2) ao Poder Judiciário, o pedido duplo se baseou num levantamento feito pela Alvarez & Marsal, consultoria contratada pelo Vasco. O Correio teve acesso à decisão judicial de 23 páginas.
Na decisão, além de acatar o pedido de recuperação judicial, a juíza Caroline Fonseca suspendeu todas as cobranças em andamento contra o Vasco — tanto o clube quanto a SAF — e determina que todas as prestações de serviços essenciais sejam mantidas. A lista inclui água, energia elétrica, gás, telefonia, internet, entre outros.
A juíza também homologou acordos celebrados entre as partes e fornecedores, durante a mediação. Na lista, estão ações cíveis e trabalhistas. Foram nomeados ainda duas empresas como administradores judiciais: a Wald Administração de Falências e Empresas em Recuperação Judicial LTDA. e a K2 Consultoria Econômica.
A Wald atuou na recuperação judicial da Samarco e do Grupo OI. Já a K2 Consultoria atuou na recuperação judicial do Grupo OI e na falência da empresa aérea Varig.
Em relação aos atletas e comissão técnica do elenco profissional, a juíza decidiu que eles devem continuar a receber salários e luvas normalmente. “No valor e na condição original de pagamento de seus créditos
relacionados aos valores das luvas e das premiações por performance ou resultado, não estando, portanto, submetidos à proibição temporária de pagamento decorrente do stay period”, disse, na decisão.
A Recuperação Judicial do Vasco foi deferida.
Maiores informações em breve.#VascoDaGama
— Vasco da Gama (@VascodaGama) February 26, 2025
No pedido apresentado à Justiça, o CRVG e o Vasco SAF alegaram crise financeira decorrente de gestões anteriores e da administração da 777 Partners. Argumentaram que a empresa não cumpriu com aportes financeiros prometidos, resultando no aumento da dívida do clube. O clube demonstrou também tentativas de recuperação financeira, como renegociações, mediações e ações para aumento de receitas.
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