Servidores do Tesouro e da CGU realizam paralisações nesta semana. Veja os impactos

Nestas terça-feira (dia 13) e quarta-feira (dia 14), os auditores e os técnicos federais de finanças e controle do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) paralisam suas atividades. Esta é a segunda semana consecutiva de manifestações, com o objetivo de pressionar o governo a retomar a mesa específica de negociações e discutir pautas que vão além de questões remuneratórias. Desde o dia 31 de julho, a mobilização da categoria atingiu seu nível máximo, após a rejeição da proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Entre as críticas está a ampliação dos níveis de progressão de 13 para 20, que os servidores consideram um rebaixamento das tabelas salariais, além do percentual de reajuste oferecido, considerado insuficiente para equiparar a carreira com outras de igual nível na administração federal. A evasão dos quadros também é uma preocupação.

Além da greve, os servidores realizarão nesta terça-feira um ato público em frente ao MGI. Eles também vão formalizar novas solicitações de exoneração de cargos de chefia, coordenação e superintendência. Até o momento, 321 servidores já entregaram seus cargos, sendo 192 da CGU e 129 do Tesouro Nacional.

Impactos

A paralisação está causando atrasos em processos importantes, como investigações baseadas na Lei Anticorrupção. Entre os casos afetados, estão a investigação de corrupção e lavagem de dinheiro na Receita Federal de São Paulo e a responsabilização de uma empresa em contratos de vigilância com o INSS.

Além disso, a greve afeta o andamento de sete acordos de leniência envolvendo diversas empresas. A análise de alertas de fraudes e irregularidades em licitações e contratos públicos também está prejudicada.

As atividades no Tesouro Nacional também estão sendo impactadas. A greve compromete o monitoramento das regras fiscais e a apuração do resultado primário. Os ajustes nas programações financeiras dos órgãos, inclusive aqueles relacionados a emendas, estão atrasados, assim como a entrega de informações essenciais para a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025.

A emissão e resgates de títulos públicos, que normalmente ocorrem dentro de prazos rígidos, estão sendo realizados fora do prazo usual. Reuniões externas com estados, municípios e outros órgãos, como o Banco Central, foram desmarcadas, e a reunião do Comitê de Programação Financeira foi adiada.

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